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ENEPEA 2024

5 a 9 de novembro

Universidade Federal do Tocantins

Palmas

INOVAR COM E POR MEIO DA PAISAGEM
EM ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO

5 a 9 de novembro

Universidade Federal do Tocantins
Palmas

INOVAR COM E POR MEIO DA PAISAGEM
EM ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO

As intensas mudanças no clima vivenciadas na história recente, associadas às desigualdades socioespaciais repercutem em injustiças e irresponsabilidades socioambientais. Neste contexto, a paisagem é transformada e, ao mesmo tempo, instrumento potencial de transformação.

Pensar a paisagem é, portanto, apresentar-se ao enfrentamento dos desafios contemporâneos; é questionar as formas com que atuamos nos projetos, planos e gestão da paisagem.

Celebrando a trajetória em 30 anos de atuação, o XVII ENEPEA propõe o tema “inovar com e por meio da paisagem” como um convite à reflexão, ao aprendizado e às trocas de conhecimento na busca de atualizações, aprofundamentos e avanços de saberes em suas esferas de ensino, pesquisa e extensão, que repercutem em teorias e na prática profissional do arquiteto, urbanista e paisagista.

Pensar em inovação não se limita aos avanços tecnológicos, mas considera a necessidade da reflexão sobre o conhecimento acumulado no campo ampliado sobre a paisagem visando inovar e avançar nas abordagens acadêmicas e profissionais para o enfrentamento dos problemas socioambientais, agravados nas últimas décadas e intensificados pelos eventos climáticos extremos. Pensar em inovação engloba a incorporação de técnicas, saberes culturais, perspectivas sociais e olhares socioambientais plurais nos estudos e práticas relativas à arquitetura da paisagem. Portanto, o termo “inovar” é empregado em lato sensu.

Os estudos sobre a paisagem no Brasil vêm ganhando novas abordagens e perspectivas. Silvio Macedo já apontava, no VIII ENEPEA, um deslocamento do objeto das disciplinas de Paisagismo, “dos jardins e áreas verdes genéricas para o espaço livre, elemento estrutural na organização da paisagem urbana e na paisagem em geral”, assim como a “introdução de novos conteúdos [...] como o planejamento da paisagem; de novos procedimentos de ensino [...]” (Macedo, 2007, p.213).

O processo de revisão em andamento sobre as novas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) do Curso de Graduação em Arquitetura e Urbanismo sugere a incorporação do termo ‘Arquitetura da Paisagem’ e ‘Paisagem’ de forma mais recorrente na resolução, justamente na busca de atualização sobre seu escopo, amplitude e campo de atuação. Sendo assim, revisar e refletir sobre a própria definição do objeto da disciplina é, também, inovar na forma de pensamento.

É importante rememorar que o ENEPEA, com seus 30 anos de história, nasceu pari passu à instituição do paisagismo como disciplina obrigatória nos cursos de graduação em Arquitetura e Urbanismo, estabelecido pelas novas DCNs do Ministério da Educação e Cultura – MEC à época (Portaria 1.770/1994). O ENEPEA é um marco na trajetória do ensino no Brasil e tem sido um espaço de atualização e avanço do conhecimento.

A primeira edição do ENEPEA foi sediada no Rio de Janeiro-RJ em 1994 e, desde então, passou por várias cidades: São Paulo-SP (1995, 2006), São Carlos-SP (1996), Florianópolis-SC (1998), Rio de Janeiro (2000), Recife-PE (2002), Belo Horizonte-MG (2004), Curitiba-PR (2008), Porto Alegre-RS (2010), Campo Grande-MS (2012), Vitória-ES (2014), Salvador-BA (2016), Santa Maria-RS (2018), Campos de Goytacazes-RJ (2020) e Cuiabá-MT (2022).

A pluralidade de cidades-sede enriquece as experiências em ensino, pesquisa e extensão dos participantes diante da diversidade de biomas e de realidades socioespaciais. Tal descentralização também contribui para a aproximação do evento com os cursos de Arquitetura e Urbanismo e Programas de Pós-Graduação fora do circuito das grandes capitais, os quais têm se ampliado no país.

O XVII ENEPEA será o primeiro da região norte do Brasil, especificamente em Palmas, capital do Tocantins. A ocorrência do evento em Palmas é um convite para partilhar e experienciar vivências e saberes no bioma Cerrado, num contexto de transformação recente e acelerada da paisagem, provocada pelo avanço da fronteira agrícola rumo ao norte do país em confronto com os saberes populares e as tradições dos povos originários e tradicionais.

Palmas, a mais nova cidade capital projetada do país, pode ser considerada um corolário urbanístico deste processo. Segundo os autores do projeto da capital, Palmas é precedida de um sonho ecológico e humanístico, assentada no enquadramento paisagístico entre a Serra do Lajeado e o Rio Tocantins (Grupoquatro, 1989). Apesar de um plano preceder a sua ocupação, e das preocupações em respeitar as características ecológicas do sítio, Palmas não foge à regra dos processos conflituosos e contraditórios da ocupação urbana brasileira. Palmas, um fenômeno urbano contemporâneo, passa a ser um convite à reflexão.

Venha partilhar seus saberes conosco!

Referências: GRUPOQUATRO. Memorial do projeto da capital do Tocantins: Palmas / Plano Básico. Goiânia, 1989 (Mimeog.). MACEDO, S.S. VIII ENEPEA – Encontro Nacional de Ensino de Paisagismo em Escolas de Arquitetura e Urbanismo no Brasil – FAUUSP. Revista Pós, no. 21, Saõ Paulo, junho 2007.

TUNEL DO TEMPO

Pequenos atos, quando multiplicados por milhões de pessoas, podem transformar o mundo.

Howard Zinn

Agradecemos aos organizadores que acreditaram e acreditam no projeto ENEPEA, e pelo empenho, dedicação e coragem em fazê-lo realidade!

COMISSÃO ORGANIZADORA

  • Lucimara Albieri (Presidente) - UFT
  • Fernanda Brito de Abreu – CEULP/ULBRA
  • Giuliana de Brito Sousa - UFT
  • Heliara Aparecida Costa - UFT
  • José Marcelo Martins Medeiros - UFT
  • Mariela Cristina Ayres de Oliveira - UFT
  • Regina Cavalcante - UniCatólica
  • Suyene Monteiro da Rocha - UFT
  • Thiago Henrique Omena – UFT

COMISSÃO DE APOIO

  • Aline Linca Santos Martins
  • Ana Luísa Rodrigues de Almeida
  • Beatriz Viana Marcacine
  • Dafne Oliveira Simões
  • Ellen Hadassa Pereira da Silva de Azevedo
  • Josélia Paes Ribeiro de Souza
  • Kamila Costa
  • Kauanny Augusta Nunes
  • Luana Cristina Lehnen Pereira
  • Marcos Vinicius Ramos Gonçalves
  • Ramon Pereira
  • Sofia Aquino Ries

COMISSÃO CIENTÍFICA

  • Alessandro Filla Rosaneli - UFPR
  • Alina Gonçalves Santiago - UFSC
  • Alex Assunção Lamounier - UFF
  • Ana Cáudia Nunes Alves - IFF
  • Ana Cecília Mattei de Arruda Campus - USP
  • Barbara Irene Wasinski Prado - UEMA
  • Cláudia Maté - Uniarp
  • Daiane Regina Valentini - UFFS
  • Daniela Bogado Bastos de Oliveira - IFF
  • Danielly Cozer Aliprandi - IFF
  • Denise de Alcantara Pereira - UFRRJ
  • Doriane Azevedo - UFMT
  • Eneida Maria Souza Mendonça - UFES
  • Eugenio Fernandes Queiroga - USP
  • Evy Hannes – Unip; Belas Artes SP
  • Fábio Mariz Gonçalves - USP
  • Fagner das Neves de Oliveira - IFF
  • Francine Mariliz Gramacho Sakata - USP
  • Glauco de Paula Cocozza – UFU
  • Gutemberg dos Santos Weingartner - UFMS
  • João Aparecido Bazzoli - UFT
  • Jonathas Magalhães Pereira da Silva – PUC-Campinas
  • Karin Schwabe Meneghetti - UEM
  • Leonardo Loyolla Coelho - Escola da Cidade; Belas Artes SP
  • Liliane Fávia Guimarães da Silva - IFTO
  • Lizia Agra Villarim - UFPE
  • Liza Maria de Andrade - UnB
  • Luciana Bongiovanni Martins Schenk – USP São Carlos
  • Lucas Martins de Oliveira - URCA
  • Luis Guilherme Aita Pippi - UFSM
  • Maria Manoela Gimmler Netto – PUC Minas
  • Marta Enokibara - UNESP
  • Márcia da Costa Rodrigues de Camargo - UFT
  • Mauro Normando Macêdo Barros Filho - UFCG
  • Mayumi Cursino de Moura Hirye – USP
  • Milena Kanashiro - UEL
  • Newton Célio Becker de Moura - UFC
  • Nayara Cristina Rosa Amorim - UFBA
  • Raquel Weiss - UFSM
  • Renata Franceschet Goettems - UFFS
  • Ruth Maria da Costa Ataíde - UFRN
  • Sarah Afonso Rodovalho – UFT
  • Simone Marques de Sousa Safe – PUC-Minas
  • Stael de Alvarenga Pereira Costa - UFMG
  • Vanessa Casarin - UFSC
  • Vera Regina Tângari - UFRJ
  • Verônica Garcia Donoso - UFSM
  • Wilson Ribeiro dos Santos Junior – PUC Campinas
  • Wilton de Araujo Medeiros - UEG

ORGANIZAÇÃO

REALIZAÇÃO:

ORGANIZAÇÃO:

PARCEIROS: